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Mesmo com o frio, Umuarama segue sob ameaça da dengue

Publicado em 08/07/2025 às 15:30 por Editoria Movimento Saúde

O outono terminou com números alarmantes e o inverno chegou sem trégua para os casos de dengue na região de Umuarama. Segundo dados oficiais da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, a 12ª Regional de Saúde já contabiliza mais de 5.127 diagnósticos confirmados da doença apenas em 2025. O inverno costuma propagar a falsa sensação de que o mosquito da dengue desaparece com o frio.

Essa crença, segundo especialistas, é um dos maiores obstáculos no controle da doença. O mosquito Aedes aegypti pode até ter seu ciclo reprodutivo desacelerado nas temperaturas mais baixas, mas continua presente e ativo. Seus ovos permanecem viáveis por até um ano, mesmo fora d’água. Basta um pouco de calor e chuva para que a infestação volte com força.

O cenário atual exige mais do que boletins e alertas oficiais. Exige consciência coletiva. Enquanto muitos esperam que o poder público “faça sua parte”, o mosquito encontra abrigo em quintais abandonados, caixas d’água mal vedadas, vasos de planta com acúmulo de água e garrafas descartadas de forma inadequada.

A dengue costuma chegar com febre alta, dor no corpo, atrás dos olhos, cansaço extremo, manchas na pele, náuseas e, em casos mais graves, sangramentos, dor abdominal persistente e risco de choque. Quando os sintomas surgem, o tempo é precioso. Procurar atendimento médico imediato é imprescindível. E tão importante quanto tratar é não se automedicar. Medicamentos como ácido acetilsalicílico (AAS) são contraindicados e podem agravar os quadros hemorrágicos.

Além da dengue, o Aedes aegypti é também transmissor da zika e da chikungunya, doenças que continuam circulando silenciosamente em muitos municípios paranaenses. A prevenção, portanto, não é apenas uma medida contra um único vírus, mas uma barreira contra uma tríade de ameaças à saúde pública.

As orientações continuam sendo as mesmas, ano após ano. Mas a repetição não pode ser motivo de descaso, e sim reforço. Eliminar focos de água parada, manter reservatórios fechados, limpar calhas, cuidar do lixo, trocar a água dos animais com frequência e observar objetos no quintal que possam acumular água. A prevenção não é complexa. Mas exige rotina, vigilância e responsabilidade social.

A dengue não é uma responsabilidade só do governo, dos agentes de saúde ou dos vizinhos. É de todos.

A dengue não é uma doença simples

Embora, na maioria dos casos, os sintomas da dengue possam parecer uma “virose comum”, a doença pode evoluir para quadros graves e até fatais, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.

Além disso, a reinfecção pelo vírus aumenta significativamente o risco de formas graves, como a dengue hemorrágica, que pode causar choque, sangramentos internos e falência de órgãos.

Sintomas mais comuns da dengue:

  • Febre alta (acima de 38,5ºC)

  • Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos

  • Dores no corpo e articulações

  • Cansaço extremo

  • Náuseas e vômitos

  • Manchas vermelhas na pele (exantema)

Sintomas menos comuns que também merecem atenção:

  • Sangramentos nas gengivas ou nariz

  • Dor abdominal intensa e contínua

  • Vômitos persistentes

  • Tontura ou desmaios

  • Dificuldade para respirar

Em casos assim, a recomendação é procurar imediatamente atendimento médico. A automedicação, especialmente com medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (como AAS e Aspirina), é proibida pois pode agravar hemorragias.

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