Sexta-feira, 4 de julho de 2025 Login
Enfermeiros, técnicos em enfermagem e profissionais da equipe de nutrição do Instituto Nossa Senhora Aparecida participaram, nesta quinta-feira (3), de uma capacitação voltada ao reconhecimento e manejo inicial da disfagia, condição que afeta a capacidade de engolir e pode trazer riscos significativos à saúde de pacientes hospitalizados.
O treinamento foi conduzido pela fonoaudióloga e professora Alexandra Lopes Rino, que, há 38 anos integra a equipe do Cisa-Amerios e é altamente especializada em diversas áreas, com destaque para o diagnóstico e tratamento da disfagia. A capacitação contou com o apoio de estagiárias do curso de Fonoaudiologia da Unialfa e foi organizada em dois turnos, com abordagem teórica e prática sobre os principais sinais clínicos associados à disfagia e estratégias para identificação precoce.
O Instituto Nossa Senhora Aparecida, hospital que é referência em cardiologia para Umuarama e toda a região Noroeste do Paraná, lida diariamente com pacientes em estado crítico — muitos deles com fatores de risco para o desenvolvimento de distúrbios de deglutição. A capacitação buscou oferecer subsídios técnicos para que os profissionais possam agir com maior segurança diante de sintomas sugestivos da condição.
“A disfagia pode atingir qualquer faixa etária, desde recém-nascidos até idosos, e tende a se agravar durante a hospitalização, especialmente em pacientes com fragilidade clínica, doenças neurológicas ou após procedimentos invasivos”, explicou Alexandra.
Entre os sinais de alerta destacados estão engasgos frequentes, tosse durante as refeições, alteração no timbre vocal após a ingestão de líquidos e recusa alimentar — sintomas muitas vezes discretos, mas que exigem atenção imediata da equipe assistencial.
A presença das estagiárias da Unialfa possibilitou também um intercâmbio entre teoria acadêmica e a vivência prática hospitalar, reforçando a importância da atuação multiprofissional no cuidado aos pacientes. A capacitação foi bem avaliada pelos participantes, que destacaram a relevância do tema e a aplicabilidade imediata do conteúdo abordas. Novas etapas serão realizadas para atender o maior número de profissionais possível.
“A disfagia ainda é subnotificada em muitos contextos clínicos, mas tem impacto direto na recuperação e qualidade de vida dos pacientes. A formação de equipes mais preparadas para reconhecer e intervir precocemente nesse tipo de quadro representa um avanço importante nas rotinas de segurança e qualidade assistencial”, finalizou Alexandra.
Por Rosi Rodrigues - Jornalista