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Transtornos alimentares são a terceira doença crônica mais comum em adolescentes

Publicado em 21/10/2021 às 08:35 por Editoria Movimento Saúde

Em se tratando da alimentação de crianças e adolescentes, todo cuidado é pouco, principalmente porque, normalmente, a concorrência entre o que é saudável e o que “cai no gosto” dos pequenos chega a ser desleal, frente à gama de opções de produtos industrializados disponíveis, que interferem absorção de vitaminas e proteínas necessárias para o bom desenvolvimento nessa fase da vida.

Desvios alimentares

Mas o problema é ainda mais sério. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP), a alimentação desregrada pode ocasionar transtornos alimentares (TAs), desordens psiquiátricas, que geram comportamentos inadequados denominados desvios alimentares.

A entidade defende que as perturbações persistentes na alimentação geram consumo ou absorção alterada de alimentos, comprometendo a saúde física, emocional e funcional.

A denominação de TAs consta no novo documento da SBP, elaborado e lançado recentemente pelo Departamento Científico de Adolescência. No texto, são abordados o diagnóstico, tratamento e outros aspectos da anorexia e bulimia durante o período de pandemia de covid-19.

Diagnóstico e tratamento

De acordo com os especialistas, os TAs são a terceira doença crônica mais comum em adolescentes. Em 2018, sua prevalência entre adolescentes brasileiros de 14 a 19 anos era de 13%. Para os médicos, quanto mais rápido for feito o diagnóstico, melhor a qualidade de vida dos acometidos. “O diagnóstico precoce favorece a resposta ao tratamento, impedindo o prejuízo cognitivo, de saúde física e de desenvolvimento psicossocial e a evolução para indivíduos adultos cronicamente doentes, difíceis de tratar e com altos índices de morbidade e mortalidade”, afirma o texto.

Transtornos

A Sociedade Brasileira de Pediatria ressalta que, cerca de 70% dos TAs apresentam comorbidades com outros transtornos psiquiátricos como transtornos bipolares, depressivos e de ansiedade, que geralmente, ocorrem de forma conjunta com a anorexia nervosa e a bulimia. Por isso, é fundamental que o pediatra e hebiatra façam o acompanhamento “de forma integral e empática ao adolescente, forneçam amparo e esclarecimento à família, bem como, possam organizar e centralizar o atendimento multi-interdisplinar, além de monitorar problemas imediatos como, por exemplo, estabilidade dos sinais vitais, anormalidades eletrolíticas e status de hidratação, bem como problemas de longo prazo resultantes aos TAs como, alterações da massa óssea, do ciclo menstrual e da saúde reprodutiva e do crescimento”.

Suporte emocional

Outro ponto enfatizado no documento é quanto a importância dos suportes psiquiátrico e psicológico para auxiliar o jovem a lidar com os problemas emocionais que geram o transtorno alimentar. Dessa forma, “o pediatra, em especial o médico de adolescentes, pode orientar programas de prevenção e de serviços de assistência destinados a atender as demandas oriundas das condições dos TAs”.

Saúde X Estética

É comum que pacientes com transtornos alimentares apresentem piora dos comportamentos alimentares patológicos com a falta de contato externo promovido pela pandemia. “No distanciamento social, existe quase que uma imposição ao mundo tecnológico, consumido pelos jovens de maneira ainda mais intensa, superdimensionando o envolvimento e a absorção dos ditames midiáticos”, apontam os autores.

Logo, “a consequência do maior contato com o mundo digital é passar a entender o mundo ‘virtual’ como uma das únicas referências na relação com o corpo e perder a experiência ‘real’ com as pessoas”. Consequentemente, os fatores negativos do isolamento social podem servir como gatilhos para que indivíduos com propensão aos TAs possam desenvolver essa condição. Esse fato ganha reforço nos dias atuais, em que pressões estéticas para corresponder a determinadas imposições sobre a aparência estão cada vez mais fortalecidas, sobretudo por meio das redes sociais. 

Com informações da SBP

Fotos: divulgação

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